sábado, 21 de julho de 2012

A BUSCA

Esse eu não sei dizer quando escrevi,acho que foi por volta de 2004. Já o publiquei num blog, o antigo MSN Spaces, que foi retirado do ar sem dó nem piedade. Depois de procurar em vão o caderno onde ele estava escrito originalmente, acabei, aos poucos, resgatando todos os versos do fundo da memória. É um pouco diferente do meu estilo habitual. Essa é a que eu chamo de "versão auto-psicografada" de "A Busca".


A BUSCA

Tentaram por tantos anos
a química perfeita
Fazer dos ossos humanos
o metal mais precioso
Possível poderia ser
se uma vida fosse tempo
suficiente para tal empreitada
Corramos,então
Excedamos a velocidade
para ter nossa busca encurtada
Quem dera não fosse, a fadiga,
de nossa desdita a culpada.
Com que velocidade se foge
dos próprios ossos?
Com que idade, 
de quantos séculos,
serão recompensados nossos esforços?
Ah, minha metade,
a sincronicidade, nossa amiga,
poupou-nos de tamanha fadiga
pondo-te ao lado de mim, 
teu bardo
que canta o que não é dado
conhecer ou sentir.
Mas ao depor aqui 
meu fardo e tua pena,
pergunto eu, como esfinge
que nos devora e condena:
"Serei eu ouro que baste para ti, 
minha pequena?"



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